Para Raios





Como instalar Para Raios - conforme a ABNT NBR 5419

A instalação de para-raios é algo complexo, embora possa parecer simples. Diversos fenômenos interferem na formação das nuvens, raios, eletrostática e efeitos eletromagnéticos, por exemplo: a temperatura, a poluição, a altitute, os ventos, a ionização, o El Nino, o clima etc, os quais não podemos alterar por nossa livre vontade. Porém podemos influenciar num bom sistema de para-raios, que se propõe a conduzir o máximo dessas descargas atmosféricas ao solo e assim diminuir os acidentes com raios e efeitos eletromagnéticos que atingem principalmente os equipamentos eletrônicos sensiveis (EES).
Devido o Brasil ter um clima predominante tropical, a incidencia de raios é maior e consequentemente a grande maioria das edificações necessitam de sistemas de para-raios. A Norma Tecnica ABNT NBR 5419/2005 é a base tecnica e legal para nortear uma boa instalação de para-raios, seguir os ditames desta norma de para-raios significa boa proteção contra as descargas atmosfericas e segurança juridica para quem contrata e para quem instala sistemas de para-raios.
Quando o assunto é para-raios, o nosso país é a base de estudos para vários outros, reunindo tempos em tempos os mais respeitados cientistas do mundo, que contribuem para a elaboração das normas tecnicas brasileiras, americanas e européias, sejam de; instalações de para-raios, aterramentos eletricos, proteção de surtos, compatibilidade eletromagnetica etc.
A premissa maior, de que mais vale ficar sem para-raios, do que instalar um mal sistema de para-raios, é totalmente válida.
Portanto não basta simplesmente instalar um sistema de para-raios, é importante seguir as normas tecnicas vigentes e as legislações federais, estaduais e municipais da sua cidade, pertinentes ao tema para-raios e aterramentos elétricos, poisnenhum sistema de para-raios garante 100%, mesmo seguindo a risca as normas tecnicas de para-raios da ABNT. Portanto, diante de uma fatalidade, se sua instalação de para-raios estiver legal, o fato será caraterizado como acidente, caso fortuito ou força maior, evitando indenizações caras, processos judiciais demorados, falta de cobertura pelas seguradoras etc.
Assim, com total seriedade, seguem informações valiosas para a instalação de um sistema de para-raios para a sua edificação, conforme as orientações da norma tecnica de para-raios (ABNT 5419/05):

   QUANDO INSTALAR UM SISTEMA DE PARA- RAIOS?



Um projeto de para-raios conforme a norma técnica NBR 5419 garante a diminuição dos efeitos nocivos dos raios, e protege melhor as pessoas e as edificações.

A norma tecnica de para-raios NBR 5419 determina por calculos complexos quando se deve instalar para-raios em edificações residencial, condominio, comercial, industrial e agricola no país, levando em considerações: a finalidade do espaço, o indice isoceraunico do Municipio, o tipo de material da construção, o volume de pessoas, a quantidade média de raios na Região e as dimensões de cada edificação (altura x comprimento x largura).

Em Regiões com muitas chuvas, principalmente com altos indices de raios, edificações de condominio ou comercial ou industrial ou com grande fluxo de pessoas, é certeza da necessidade de para-raios. Somente um engenheiro, atualizado na area, poderá promover com segurança o melhor tipo de projeto de para-raios a ser utilizado.

ATENÇÃO: Conforme NBR 5419 os sistemas de para-raios não são especificos para proteção de equipamentos eletro-eletronicos (computadores, central de pabx, CFTV, alarmes, portão automatico, painel de comando, PLC, Data Center, elevadores, geradores etc), devemos para isto seguir normas tecnicas proprias, por exemplo: a NBR 5410, que trata de instalações eletricas de baixa e média tensão, dentre outras:

NBR 5410:04 - Instalações elétricas de baixa tensão;
NBR 5419:05 - Proteção de estrutura contra descargas atmosféricas;
NBR 13534:95 - Instalações elétricas em estabelecimentos assistenciais de saúde - requisitos para segurança;
NBR 13570:96 - Instalações elétricas em locais de afluência de público;
NBR 14306:99 - Proteção elétrica e compatibilidade; eletromagnética em redes internas de telecomunicações em edificações - Projeto;
NBR 14639:01 - Posto de serviço - Instalações elétricas;
NBR 5422:85 - Projeto de linhas aéreas de transmissão e subtransmissão de energia elétrica - procedimento;
NBR 5433:82 - Redes de distribuição aérea rural de energia elétrica - padronização;
NBR 5434:82 - Redes de distribuição aérea urbana de energia elétrica - padronização;
NBR 14039:05 - Instalações elétricas de média tensão de 1,0 kV a 36,2 kV;
NBR 9153:85 - Conceituação e diretrizes de segurança de equipamento elétrico utilizado na prática médica - aspectos básicos - procedimento;
NBR NM 60335-1:03 - Segurança de aparelhos eletrodomésticos e similares - Parte 1: Requisitos Gerais (IEC 60335-1:1991 - 3ª edição, MOD) 
A instalação de um sistema para-raios é importante para a proteção de equipamentos eletricos e eletronicos, porém não é suficiente. Independentemente do caso, a instalação de para-raios é sempre primordial e atua em conjunto com a instalação de protetores de surtos, filtros de linhas, fios terras, no-breaks etc, os para-raios, via de regra, são obrigados por Lei.  

 COMO SE DIVIDE UM SISTEMA DE PARA RAIOS ?

Os sistema de para-raios se dividem em 03(tres) partes principais: subsistema de captação, subsistema de descidas e subsistemas de aterramentos.

Os subsistemas de captação de para-raios podem ser compostos por captor ou captores tipo Franklin, o que determina o numero de captores de para-raios é o tamanho da edificação; a largura x comprimento x altura do captor de para-raios em relação ao solo. Atualmente a norma tecnica permite considerar a ponta de um tubo metalico como captor de para-raios, assim como uma torre metalica também pode ser considerada um captor de para-raios. Basicamente, toda e qualquer parte metalica que possa ser atingida por uma descarga atmosferica, deve ser considerada no projeto do sistema de para-raios, assim sendo será naturalmente um captor de para-raios, por exemplo: ruflos, chamines, tanques metalicos, guarda-corpo, heliporto, escadas, estruturas metalicas de galpões, telhas de metal, mastros de antenas etc, em alguns casos o projetista não instala o subsistema de captação, pois já existe naturalmente, apenas interliga ao subsistema de descidas ou subsitemas de aterramentos. Por fim, outra forma de se obter um bom meio de captação de para-raios é instalar cabos de cobre nú com 35mm2 de seção, em torno de todo perimetro da edificação, mais cabos transversais, formando uma grande gaiola de faraday ou atraves de fitas de aluminio com no minimo 70mm2 de seção, tudo conforme determina a norma tecnica de para-raios NBR 5419:05.

NOTA: toda estrutura a ser protegida por sistema de para-raios, que tenha mais de 10mts de altura em relação ao solo deve receber um cabo em torno de todo perimetro, como complemento do sistema de para-raios, sendo uma exigencia da NBR 5419:05, norma tecnica de para-raios.

Os subsistemas de descidas de para-raios podem ser compostos por cabos de cobre nú com 16mm2, caso a edificação tenha até 20mts de altura, acima disso devem ser utilizados cabos para-raios de cobre nú com 35mm2 ou fitas de aluminio com 70mm2, com todas as descidas interligadas por aneis a cada 20 mts, conforme determina a norma tecnica NBR 5419:05. Os pilares das estruturas metalicas, desde que a condução eletrica seja garantida, também poderão ser utilizados com descida natural de para-raios, evitando gastos com cabos de cobre nú ou fitas de aluminio, e melhorando a manutenção do sistemas de para-raios, pois será mais dificil de sofrer vandalismos ou furtos de cabos de para-raios.

NOTA: em muitas instalações de para-raios é aconselhavel a utilização das fitas de aluminios ou dos aços das estruturas metalicas ou do concreto armado devido aos casos frequentes furtos de cabos de para-raios. Outra dica; no minimo devem ser feitas duas descidas de para-raios, por edificação, mesmo que seja uma pequena construção. Quando as edificações com para-raios forem muito amplas (shopping centers, galpões de logisticas, grandes industrias), com mais de 40 (quarenta) metros de largura dever-se-á instalar diversas descidas de para-raios dentro do volume a proteger.

Os subsistemas de aterramentos de para-raios podem ser formados pela propria estrutura de aço contida nas fundações, sapatas, colunas e baldrames das edificações, seja o alicerce de um condominio, ou clube ou industria ou igreja ou fazenda ou sitio ou chacara ou de uma simples residencia. A quantidade de metal existente nas fundações do concreto armado é muito grande e encontra-se protegida contra a corrosão, devido estar envelopada no concreto que é hidroscopico e apresenta alta condutibilidade, maior que a terra preta de jardim, considerado um dos solos mais condutores nos projetos de para-raios. Outra forma de obter-se um bom aterramento, seja de para-raios, ou sistema eletrico é a utilização de haste de alta camada, ou seja; com 254 micras de cobertura de cobre sobre uma barra redonda de aço de no minimo 2,40m de comprimento x 5/8", conhecida por haste copperweld, as quais deverão ser cravadas ao solo, no minimo 02 (duas), por determinação normativa e no máximo o numero suficiente para obter uma boa denagrem ao solo das correntes eletricas oriundas do subsistema de captação de para-raios. Para determinar esta medida são utilizados medidores tipo terrometros, que simulam a descarga atmosferica em menor proporção e depois comparam com a tensão residual que o solo conseguiu drenar atraves do subsistema de aterramento de para-raios.

NOTA: mais importante que um bom aterramento de para-raios, com medição ohmica bem baixa (NBR 7117:81 - Medição da resistividade do solo pelo método dos quatro pontos - Wenner), é a equalização dos aterramentos, como terra unico (Teoria do Barco) e a instalação do BEP (Barra de Equalização de Potenciais) conforme determina a norma tecnica de instalações de baixa e medias tensões para-raios NBR 5410. É proibido por norma tecnica a utilização de aluminio dentro do solo no aterramentos de para-raios ou aterramento eletrico ou simples interligações.

COMO FUNCIONA UM SISTEMA DE PARA RAIOS?

Basicamente um bom sistema de para-raios funciona drenando ao solo, o máximo da corrente eletrica presente em uma descarga atmosferica. Quanto maior for o percentual de corrente eletrica encaminhada ao solo, melhor será a eficiencia do sistema de para-raios, lembrando que nenhuma instalação de para-raios consegue conduzir 100% da descarga atmosférica que atinge um para-raios (SPDA). O sistema de para-raios irá equalizar (igualar) o potencial (tensão) da nuvem com a do solo, ou seja; se a nuvem tem uma corrente eletrica muito alta, quando esta passar por cima da instalação do para-raios um lide descendente (raio caindo) ou lide ascedente (raio subindo) atingirá a instalação de para-raios, será um grande curto circuito, gerando uma enorme faisca ou centelhamento (raio - relampago).

NOTA: O raio pode subir ou descer depende se a nuvem estiver positiva ou negativa, se a nuvem for positiva em relação ao solo (terra) o raio sobe e vice-versa. Uma vez equalizada as cargas eletrostáticas (anuladas), pelo para-raios, o raio cessa, assim como os seus efeitos, que duram menos de milésimo de segundo, a brincadeira do pente que se esfrega no cabelo e depois atrai os pequenos pedaços de papeis e estes ficam presos por um tempo e depois caem, somente atraindo novamente papeis se esfregar outra vez e carregar com mais energia eletroestatica é a melhor analogia com o funcionamento de uma instalação de para-raios ou um sistema de para-raios, apenas em proporção extremamente menor.

QUAL É O MELHOR SISTEMA DE PARA RAIO?

O melhor sistema de para-raios é aquele que consegue drenar ao solo a maior parte da corrente da descarga atmosferica, de forma homogenea entre as descidas de para-raios, evitando grandes diferenças de potenciais no solo ou entre as descidas do para-raios. Traduzindo, o principal motivo da queima de aparelhos eletro-eletronicos e acidentes com pessoas por raios, se deve a tensão residual que fica no solo ou entre as partes metalicas da edificação e o solo, por isso a norma tecnica NBR 5419:05 e NBR 5410 orientam a interligar todas as partes metalicas, carcaças de equipamentos, ao para-raios, assim como as demais normas tecnicas pertinentes, em analogia é como o antigo "fio terra" do chuveiro, quando os canos era metalicos. Tudo deve estar no mesmo potencial (mesmo terra), para-raios, condutores de proteção eletrica, estruturas metalicas, cabos terras etc.

NOTA: para ilustrar melhor o que é diferença de potencial em relação ao para-raios, diz o dito popular que o caipira brasileiro ao se deparar com uma situação de raios, ele passa a andar abaixado e pulando de pé em pé, alternadamente, e nunca colocando os dois pés ao mesmo tempo no solo, atitude que demanda de sabedoria, senão vejamos; quando o caipira está em um campo aberto, sem sistema de para-raios, ele abaixa e dificulta que os raios o atinja, e se o raio atinjir uma arvore proxima, esta será um para-raios natural, a corrente eletrica se espalhará por todo solo (tensão de passo), cada metro quadrado deste solo terá uma energia potencial e se neste instante os dois pés do caipira estiver em contato com o solo, haverá a circulação de corrente eletrica entre uma perna e a outra, diferente de estar com um pé só na terra, pois a eletricidade sempre necessita de dois pontos para conduzir! Assim sendo, em analogia, também se explica porque na falta de para-raios, o gado sofre mais que o ser humano (maior tensão de passo).



UM RAIO CAI VARIAS VEZES NO MESMO LUGAR?

Sim, um raio cai duas ou mais vezes no mesmo lugar, inclusive os projetos de para-raios direcionam a isto, pois não podemos eliminar os raios, somente conduzi-los melhor pelos sistemas de para-raios. A incidência na torre Eifel (França) e no Empire State (USA) é da ordem de 40 (quarenta) descargas por ano, sendo mais um mito desfeito na area dos para-raios.

NOTA: Alias, até sem chuva há influencias; como estamos lidando com energia eletroestica, o simples fato que ter um bom sistema de para-raios, em epocas de estiagem (ou ar seco) a instalação de para-raios irá drenar parte da energia eltroestatica que atinge o sistema de para-raios, cabo eletricos aéreos, mastros de antenas etc, evitando pequenos surtos eletroestaticos que poderiam atingir instalações eletricas e equipametos eletro-eletronicos muitos sensiveis (EES), as instalações de para-raios não possuem esta finalidade especifica, mas acabam funcionando também em tempo seco, época em que se recebe choques até em maçanetas de automoveis, blusas de lã etc. O Ideal é instalar os DPS (Dispositivos de Proteção de Surtos), conforme orienta a norma tecnica ABNT NBR 5410 (Instalações Elétricas). 

PARA-RAIO GAIOLA DE FARADAY É MELHOR?

Sim, se estivermos tratando de sistemas de para-raios para proteção mais criticas, a gaiola da faraday será a melhor opção, desde que respeitadas todas as orientações da norma tecnica de para-raios. A gaiola de faraday tem a caracteristica de blindar melhor o volume a proteger e se consideramos as ferragens da estrutura do concreto armado ou as estuturas metalicas, diversas gaiolas de faraday haverão naturalmente, reforçando o sistema de para-raios. O principio da gaiola da faraday é que o volume a proteger terá uma blindagem contra a entrada de ondas eletromagneticas, bem como a saida de ondas eletromagneticas, desde que a gaiola de farady esteja devidamente aterrada ao sistema de para-raios (SPDA). Para efeitos de calculos e projetos consideramos os raios como componentes de fortes ondas eletromagneticas, na ordem de megahertz.




BENJAMIN FRANKLIN - PARA-RAIO?

Benjamim Franklin, inventor do para-raios, nada mais fez do que transferir o potencial do solo para cima, assim como as instalações de para-raios o fazem, necessariamente o ponto de entrada do raio deve ser o mais alto possivel (captação pelo poder das pontas), como ocorreu quando Benjamin Franklin empinou a pipa, com um condutor metálico (fio) interligado ao solo, promovendo assim uma instalação de para-raios móvel.

É comum os estudiosos lançarem foguetes de metal, presos a cabos de cobre, interligados ao solo, assim provocam a descida do raio, por uma instalação de para-raios experimental. Teoricamente, se tivessemos um cabo metalico "preso" as nuvens e muito bem aterrado não haveriam raios na Região, apenas condução eletrostatica periodicamente, seria um grande sistema de para-raios "preventivo", pois não teriamos a formação das grandes ondas eletromagneticas geradas pelos raios, quando passam pela atmosfera e que danificam muitos eqipamentos eletro-eletronicos sensiveis (ESS).

Quando um raio atinge uma arvore na cidade, ou um transformador da rede eletrica ou uma torre de rádio, uma forte onda eletromagnetica é gerada, a qual se espalha por quilometros, induzindo eletricamente tensões de surtos na ordem de milhares de volts, que circularão pelos cabos de antenas, cabos de CFTV, rede 110/220V, fiação de alarmes, telefonia etc, danificando componentes eletronicos, placas, circuitos elétricos, fontes etc por todo Bairro.

Benjamin Franklin deu inicio aos estudos destes fenomenos, poderém somente nas ultimas decadas, com a massificação de instalações de equipamentos digitais, micro-processados, EES (Equipamentos Eletronicos Sensiveis) que as normas tecnicas foram sendo constantemente atualizadas e aprimoradas, em particular, as normas de para-raios e aterramentos eletricos, com enfase na equalização, gaiola de farady e utilização das ferragens da armadura do concreto armado.


Perguntas e Respostas sobre sistemas de Pára-Raios (SPDA)



    1.0 Ouvi sobre um sistema de pára-raios europeu, posso importar?



Diversos são os fabricantes européus de pára-raios (SPDA) e acessórios, porém mesmo que fossem mais eficientes que os nossos sistemas de para-raios (SPDA), o que é dificil, assim mesmo não seria indicado substituir pelos os nossos sistemas de para-raios, pois aqui no Brasil há uma exigencia legal em instalar para-raios (SPDA) dentro da NBR 5419, não fazer desta forma significa ir na contra-mão das leis trabalhistas (NR 10), civis e consequentemente penais.


2.0 Na minha casa, posso eu mesmo instalar o sistema de PARA RAIOS?

Claro que sim, e assumirá os riscos, não sendo obrigado seguir a norma tecnica, o que é totalmente desaconselhável. Porém se tiver empregados, poderá colocar a vida deles em risco, o que é condenável pela NR 10, que determina seguir as normas tecnicas da ABNT.

NOTA: se ao inves disso, a instalação for executada por um profissional este será obrigado a seguir a norma tecnica NBR 5419 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Tecnicas), conforme determina a Lei Federal 8078, artigo 39, inciso VIII, e estar habilitado, por exemplo: como engenheiro eletricista, sob pena de exercicio ilegal de profissão. 

3.0 - Como instalar um PARA RAIOS num sitio ?

Parece algo obvio, mas é importante frisar: o raio não faz qualquer distinção se o ponto de descarga será num sitio ou residencia urbana ou industria ou igreja ou clube ou etc. O lide descendente (raio que desce) ou lide ascendente (raio de sobe) irá se formar preferencialmente entre a nuvem eletricamente carregada e o ponto condutor (captor do pára-raios ou arvore ou torre ou antena ou etc) mais proximo dela, por isso os pontos mais altos são os escolhidos para se instalar um sistema de pára-raios.

Nota: uma vez que o lide descedente ou ascedente se formou o raio começa a ocorrer como um grande curto-circuito entre nuvem e terra, porém em nanos segundos, no meio do percurso do raio, outros lides irão surgir "enxergando" outros pontos para descarregar sua enorme corrente, atribuindo a descarga atmosferica (raio) um formato de "raiz". Por isso, no sitio não basta a instalação de um simples captor de para-raios, a descarga atmosferica poderá atingir outros pontos adjacentes, procure uma empresa séria de instalação de para-raios, que siga a risca a norma tecnica da ABNT NBR 5419 e se desejar também proteger os equipamentos eletronicos sensiveis (EES), instale DPS (Dispositivos de Proteção de Surtos) conforme NBR 5410.


4.0 - As antenas, tubulações metalicas e torres devem ser ligadas ao sistema de PARA RAIOS (SPDA)?

Na realidade tudo que for metalico e possa ser atingido por um raio deve ser considerado no projeto de para-raios, conforme orienta a norma tecnica NBR 5419, vejamos a seguir: Norma técnica de pára-raios, item 5.1.1.4.1: "Quaisquer elementos condutores expostos, isto é, que do ponto de vista físico possam ser atingidos pelos raios, devem ser considerados como parte do SPDA". 


5.0 - Na minha Região tenho dificuldades em achar material de PARA RAIOS galvanizado a fogo?

Felizmente a norma tecnica de pára-raios não permite mais a utilização de galvanização simples ou eletrolitica, a qual sabemos ser muito fraca, não resistindo à intemperies. Segurança é algo levado muito sério na norma tecnica de para-raios, mastros, suportes, conexões e acessorios em geral tem que suportar anos em bom estado de conservação, veja o que diz a norma técnica de pára-raios, tabela 4. Nota: "Os condutores e acessorios de aço (exceto inox) devem ser protegidos com uma camada zinco aplicado a quente (fogo) conforme a NBR 6323, ou com uma camada de cobre com espessura de 254 microns, conforme NBR 13571."
    

6.0 - O que significa a equalização do sistema de PARA RAIOS (SPDA)?

Equalização é um dos pontos mais importantes no projeto de para-raios e na instalação elétrica, a norma técnica de para-raios NBR 5419 atua em conjunto com a NBR 5410 neste quesito. Veja como fazer uma barra de equalização conforme a norma de para-raios: Norma técnica de pára-raios, item 5.2.1.3.3: "Nota - A ligação equipotencial deve ser através de uma barra chata de cobre nu, de largura maior ou igual a 50 mm, espessura maior ou igual a 6 mm e comprimento de acordo com o número de conexões, com o mínimo de 15 cm."

 7.0 -Como saber se o raio caiu por perto - PARA RAIOS?

O raio ao cair num sistema de pára-raios (SPDA) além do centelhamento gera um relampago e o aquecimento dos gases da atmosfera que trafegou, expandindo rapidamente estes e gerando o trovão, sendo possivel calcular a distância entre o para-raios (SPDA) e o observador; a velocidade do som no ar é cerca de 330 metros por segundo. Portanto, conte os segundos desde o instante do relâmpago até ouvir o trovão, divida por 3 e terá a distância aproximada até o sistema de para-raios (SPDA) que absorveu a descarga atmosférica.

8.0 - Minha empresa está ao lado de um condominio alto, preciso de PARA RAIOS?

Mesmo que sua empresa seja terrea, e o prédio do condominio vertical tenha uns 20 andares, com um sistema de pára-raios estritamente dentro da norma tecnica ABNT, voce ainda precisará de um sistema de para-raios, de toda documentação do projeto da instalação do para-raios, com laudo tecnico assinado por um engenheiro responsável pelo SPDA, esta será uma blindagem juridica. Também é importante resaltar que o raio ao definir que vai descarregar sua corrente em um determinado sistema de pára-raios, ele no meio do caminho irá normalmente se ramificar em dezenas de outros pequenos raios, formando algo parecido com uma raiz, e cada derivação dessa pode atingir as edificações vizinhas, por isso que a norma tecnica exige uma proteção global.

9.0 - Quando o assunto é PARA RAIOS, muito se ouve, o que realmente se pode fazer?

Realmente é isto que presenciamos no mercado há mais 25 anos, o Grupo Manhattan surgiu da eletronica industrial e da segurança eletronica, nestes segmentos é comum se falar em blindagem de circuitos, em ondas eletromagnéticas, em terra único, em gaiola de faraday, em efeitos da eletroestática, em ondas estacionárias, em impedância, em reatância e demais conceitos tecnicos que vão muito além da eletricidade comum. As descargas atmosfericas (raios) devem ser interpretadas como enormes ondas eletromagneticas, que atingem os sistemas de pára-raios (SPDA) e tudo que está sua volta, induzindo fortes correntes eletromagnéticas em tudo que for condutor ao solo ou dele à nuvem, é antes de mais nada um entendimento conceitual. É um grande erro projetar sistemas de pára-raios copiando outro feito em local diverso, a base técnica é válida mas a cópia não. Em suma, o que não se pode fazer é ir em desencontro com as normas tecnicas, que "el passant" é um compêndio de importantes conceitos técnicos sobre instalações de pára-raios (SPDA), aterramentos elétricos, compatibilidade eletromagnética etc.



OBS: Este artigo pode ser utilizado, total ou parcial, para fins academicos ou comerciais, desde que se coloque um link para esta página, mencionar a fonte. Este ano de 2010 já morreram muitas pessoas vitimas de raios e choques elétricos, a falta de informação é muito grande, colabore, divulgue este conteúdo, coloque um link em seu site.

10.0 - Tenho nobreak, estou protegido contra os raios?

Sim precisa, os no-breaks não fazem a função de pára-raios ou supressor de surtos , se sua intensão é proteger alguns equipamentos eletro-eletrônico tipo; computador, central de telefonia, elevador, PLC, controle eletrônico, painel de comando, central de alarme, portão automático, é necessário a instalação de supressores de surtos ou protetores de surtos , e a instalação de um sistema de pára-raios, conforme exigência da NBR 5419. 

11.0 - Já tenho aterramento elétrico, preciso de outro aterramento para o computador?

Sim, pois o aterramento elétrico se destina a rede elétrica e tem a sua função de retorno elétrico, interligado na entrada da rede ao cabo neutro, na grande maioria das instalações elétricas residencial, independente do sistema de pára-raios ou aterramento de eletro-eletrônicos, que devem ser executados interligando ao cabo terra na cor verde ou verde amarelo “brasileirinho” que serve o terceiro pino das tomadas elétricas. A norma técnica determina a equalização destes aterramentos à instalação de pára-raios. 6.4.2.4.1 Em qualquer instalação deve ser previsto um terminal ou barra de aterramento principal e os seguintes condutores devem ser a ele ligados: a) condutor de aterramento; b) condutores de proteção principais; c) condutores de equipotencialidade principais; d) condutor neutro, se disponível; e) barramento de equipotencialidade funcional (ver 6.4.8.5), se necessário; f) condutores de equipotencialidade ligados a eletrodos de aterramento de outros sistemas (por exemplo, SPDA). 



    12.0 - O cabo de pára-raios pode encostar na parede?



Sim atualmente pode, na década de 90 a norma técnica de pára-raios foi alterada e passou a permitir os cabos de descida de pára-raios encostados na parede ou até embutidos, desde que não haja risco de incêndio. Nas instalações de pára-raios isolados, os cabos captores devem ficar distantes da cobertura ou telhados, pelo menos 01m.


13.0 - Quando devo fazer manutenção no pára-raios?

Anualmente, embora a norma técnica de pára-raios permite a revisão no sistema de pára-raios a cada 02 anos, também exige uma revisão completa sempre que houver a incidência de uma descarga atmosférica no sistema de pára-raios, como a maioria dos sistema de pára-raios não possuem contadores de raios, e também por prevenção, o ideal é fazer a manutenção da instalação de pára-raios e medição ôhmica, anualmente.


14.0 - Quanto custa um pára-raios?

Esta é a pergunta que todos os leigos tendem a fazer logo de inicio, e normalmente não recebem uma resposta direta, simplesmente porque pára-raios não é um produto de prateleira e sim uma prestação de serviços do ramo da engenharia elétrica. Se pára-raios fosse algo simples como instalar uma antena de TV, ou rede elétrica residencial, os próprios eletricistas poderiam executar e se responsabilizar, mas a legislação não permite. Portanto, um sistema de pára-raios tem como custo a soma dos valores de mão de obra de engenharia, a braçal para instalação e os materiais que o projetista irá determinar conforme as exigências da norma técnica de pára-raios.


16.0 - Pára-raios atrai raios?


Os pára-raios não atraem raios, isto é mais um mito. Se os pára-raios atraíssem os raios, a legislação iria proibi-los, pois aumentariam o risco ao consumidor uma vez que não garante 100% de eficiência. É sabido que uma grande descarga de energia deve ter controle, caso contrário ela se espalha e pode atingir pontos indesejados. O sistema de pára-raios conduz ao solo a descarga atmosférica que atinge o captor de pára-raios, evitando que esta descarga atmosférica, na ordem de milhões de volts e centenas de milhares de amperes atinja pontos vuneraveis, funciona similar ao cabo “ladrão” da caixa d'agua quando o volume ultrapassa o limite de vazão normal 

16.0 - Cada vez que chove o meu moldem queima, o que fazer?

O ideal é instalar um conjunto de supressor de surtos ou protetor de surtos , que deve comportar 03 níveis de proteção, que sejam; primeiro nível na entrada da rede elétrica fornecida pela concessionária, depois o segundo nível na caixa de distribuição elétrica, onde normalmente ficam os disjuntores que protegem o circuito elétrico que serve o moldem e equipamentos adjacentes, por fim no moldem, computador, impressora, monitor, etc que devem receber mais o protetor de surtos de terceiro nível. Este tipo de proteção, composto por 03 níveis, é denominada proteção em cascata, pois vai reduzindo os efeitos das descargas atmosféricas, desde a entrada da rede elétrica, até o ponto de consumo. É importante existir um bom sistema de aterramentos, instalação de pára-raios e equalização. Outra forma é desligar o moldem de tudo que mantenha contato com o meio externo, como se fosse guardá-lo na caixa, utilizar fibra óptica ou wireless são outras opções a considerar. 

17.0 - Estou no 10º andar, tem como fazer aterramento elétrico para o computador?

O senhor deve considerar a entrada da rede elétrica do seu apartamento ou sala comercial como a entrada principal, em analogia a uma casa ou relógio de concessionária eletrica, instalando os protetores de surtos , nos 03 níveis de proteção, e utilizar como aterramento elétrico um cabo de cobre que sobe pelo poço do elevador ou utilizar as ferragens do concreto armado, na altura do seu pavimento, para promover um aterramento elétrico. Nunca utilizar o cabo de descida da instalação de pára-raios. 



     Fonte www.para-raios.com.br



    Homem é atingido por raios duas vezes e não morre
      Veja o vídeo em que mostra o raio atingindo 2 vezes a mesma pessoa em menos de um minuto.






AS LENDAS

A sabedoria popular, nem sempre tão sábia, criou uma série de noções falsas que podem levar à tragédia:
Lenda: Se não está chovendo não caem raios.


Verdade: Os raios podem chegar ao solo a até 15 km de distância do local da chuva.


Lenda: Sapatos com sola de borracha ou os pneus do automóvel evitam que uma pessoa seja atingida por um raio.


Verdade: Solas de borracha ou pneus não protegem contra os raios. No entanto, a carroceria metálica do carro dá uma boa proteção a quem está em seu interior; sem tocar em partes metálicas. Mesmo que um raio atinja o carro é sempre mais seguro dentro do que fora dele.


Lenda: As pessoas ficam carregadas de eletricidade quando são atingidas por um raio e não devem ser tocadas.


Verdade: As vítimas de raios não "dão choque" e precisam de urgente socorro médico, especialmente reanimação cardio-respiratória.


Lenda: Um raio nunca cai duas vezes no mesmo lugar.


Verdade: Não importa qual seja o local ele pode ser atingido repetidas vezes, durante uma tempestade. Isto acontece até com pessoas. O guarda florestal norte-americano Roy Sullivan foi atingido sete vezes durante sua vida. Sofreu pequenas queimaduras, contusões, tombos e roupas rasgadas. Hoje, aposentado, Roy mora numa casa reboque com um pára-raios em cada quina.





PÁRA-RAIOS

A melhor proteção contra raios é oferecida pela pára-raios, aparelho relativamente simples desenvolvido por Benjamin Franklin em 1752. Consta de três elementos principais - um mastro com captador, um aterramento e um cabo de ligação preso a isoladores. Não obstante a simplicidade, os parâmetros obedecem a especificações técnicas que obrigam a contratação de pessoal ou firma com qualificações adequadas para a instalação do pára-raios.

A zona de atuação do pára-raios faz um ângulo de 55º com a ponta do captor formando um cone de segurança.

Mas, atenção: o único tipo de pára-raios permitido é o "Franklin", já que o "radioativo" está proibido desde 1989.




MEDIDAS DE SEGURANÇA

Como nem sempre se pode contar com a proteção de uma pára-raios é conveniente saber que, durante uma tempestade:

►É extremamente perigoso ficar em espaços abertos, praias, botes, topo de elevações e embaixo de árvores;

►É também perigoso estar próximo a torres e redes de alta tensão, cercas metálicas, varais de roupas, num carro com a porta ou a janela aberta, sobre um cavalo ou um trator, dentro de casa frente a uma janela aberta;

►O refúgio mais seguro é uma construção sólida protegida com pára-raios, grandes prédios sem pára-raios, automóveis com janelas fechadas, cavernas, um grupo de árvores (bosque);

►Dentro de casa: afaste-se de objetos metálicos, janelas, portas abertas; não fale ao telefone, não tome banho, desligue aparelhos elétricos das tomadas;

►Em muitas ocasiões, durante uma tempestade, uma pessoa pode sentir que vai ser atingida por um raio, porque a pele começa a formigar e os pelos do corpo se eriçam. Se isto acontecer, não deite no chão, apenas se agache, assumindo a posição de segurança mostrada na ilustração. Se houver um grupo de pessoas, elas devem se espalhar rapidamente.





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